Moagem de cana-de-açúcar no Paraná cresce 9,1%
03.09.2014

A produção paranaense de açúcar e etanol continua em bom ritmo na safra 2014/15 – com números superiores ao ano passado - mesmo o setor não vivendo seu melhor momento na região Centro-Sul. A estiagem que atingiu os estados de São Paulo e Minas Gerais trará impacto para o mercado nacional nesta e nas próximas safras, já que deve resultar em menor volume de produção e incremento de preços. A estimativa de moagem da cana-de-açúcar para a atual temporada está em 547 milhões de toneladas, contra 580 milhões da projeção anterior. Muitas usinas paulistas, inclusive, devem encerrar as atividades antes do normal, já que não há matéria-prima de qualidade para a moagem.

No Paraná, a situação é de estabilidade, e a moagem deve encerrar apenas em dezembro, somando entre 42 e 43 milhões de toneladas no ciclo 2014, mesmo volume do ano passado. Até o dia 16 de agosto, foram esmagadas 22,2 milhões de toneladas de cana, contra 20,3 milhões do período anterior, um aumento de 9,1%. Os números são da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar)

A produção de açúcar até o momento é de 1,44 milhão de toneladas, contra 1,34 milhão da safra 2013/14, incremento de 7,1%. No caso do etanol, o aumento também é significativo: de 712,1 milhões de litros para 784,1 milhões de litros, elevação de 10,1%. O etanol anidro foi o que apresentou maior variação percentual, de 220 milhões para 259 milhões de litros, 17,7%. "Estamos com uma produção dentro da normalidade, diferentemente do que está acontecendo em São Paulo e Minas Gerais. Essa quebra de 6% na estimativa dos paulistas impactará no mercado, principalmente no preço do açúcar, que deve subir. Essa quebra acabará, de certa forma, beneficiando a produção paranaense", explica o presidente da Alcopar, Miguel Tranin, ressaltando que a rentabilidade dos produtores do Paraná pode ser maior por causa da quebra de produção do estado vizinho.

Se a expectativa do açúcar é de uma recuperação dos valores, para o etanol o cenário "ainda é de prejuízo", segundo Tranin. Na opinião do representante da Alcopar, os custos de produção do litro do produto, variando entre R$ 1,26 e R$ 1,30, prejudicam demais o setor, que não consegue competir com a gasolina. "O preço da gasolina está congelado há cinco anos e isso acaba complicando nosso setor. Já tivemos cerca de 45 milhões de toneladas de cana processadas, e hoje não conseguimos atingir novamente esses patamares", salienta ele.

Miguel comenta que o setor discute com o governo a possibilidade das usinas de cana fornecerem energia no futuro, já que, de acordo com ele, a "estiagem mostrou que o sistema hidrelétrico ainda é frágil no País". "Pode acontecer uma dificuldade generalizada de falta de energia se dependermos apenas das hidrelétricas em momentos de seca como os que aconteceram. No Brasil, temos duas Itaipus adormecidas nas usinas de moagem, que podem ser utilizadas", completa.
 
Fonte: Folha Web

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