Entidades privadas e órgãos do governo representativos do setor florestal estiveram reunidos nesta quinta-feira (21), na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva das Florestas Plantadas, em Brasília. Representantes de mais de 30 empresas privadas apresentaram propostas e sugestões para o novo Plano Agrícola e Pecuário (Plano Safra) 2019/2020 para vigorar a partir de 1º de julho deste ano. O setor pleiteia mais recursos e alongamento do pagamento do financiamento do Plano ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).
Outro ponto levantado durante o encontro foi a vinda do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) para a estrutura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Estamos com desafios para organizar essa questão florestal, que saiu da área do Meio Ambiente para o Ministério da Agricultura. Nós vamos, então, fazer com que haja um trabalho de congraçamento de afinidade entre agricultura e meio ambiente. Não há porque ter conflito nessas áreas, já que uma completa a outra”, salientou o diretor geral do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto.
Colatto reforçou que a agricultura vai mostrar ao Brasil que o agricultor brasileiro preserva as florestas, as águas. “Nós precisamos fazer com que o produtor tenha também os benefícios desse processo, porque muitas vezes dentro da legislação, ele acaba sendo aquele que investe e que, realmente, faz um trabalho na área ambiental”.
Criado pela Lei 12.651, o Código Florestal Brasileiro, que foi aprovado em 2012 e até hoje não foi totalmente implementado, prevê que as propriedades brasileiras estejam ambientalmente corretas. “Nós fizemos um Cadastro Ambiental Rural (CAR), falta fazer a Cota de Reserva Ambiental (CRA) e o Plano de Regulação Ambiental (PRA). É um trabalho que nós estamos fazendo com a legislação que temos, regularizando, organizando para que não só em Brasília, mas todos estados tenham o cadastro”.
Congresso Mundial da Iufro
Com a expectativa de receber representantes de mais de 100 países, Curitiba vai sediar o 25º Congresso Mundial da Iufro (União Internacional de Organizações de Pesquisas Florestais), de 29 de setembro a 5 de outubro, maior encontro de pesquisa florestal do mundo. O evento, que pela primeira vez está sendo realizado na América Latina, já tem inscrições de mais de quatro mil resumos de artigos científicos.
De acordo com o diretor geral do Serviço Florestal, é um momento de o Brasil mostrar o tamanho das suas florestas, o que faz para o meio ambiente, a cobertura florestal que temos de mais de 50% de florestas nativas. “Nós temos que tirar esse estigma de que o Brasil desmata, que não mantém as suas florestas. É o contrário, e nós queremos mostrar isso para o mundo”, enfatizou Valdir Colatto.
Fonte: Agrolink