A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) alerta os pecuaristas de Mato Grosso para a segunda fase da campanha de vacinação contra febre aftosa que começa dia 1º de novembro e termina dia 30 do mesmo mês. Todo o rebanho de bovino e bubalino, de mamando a caducando, deve ser vacinado.
Após a vacinação, o produtor deve fazer a comunicação e a atualização do estoque de rebanho no Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) ou pelo do “Modulo Produtor” sistema informatizado do Indea. O prazo para a comunicação da vacinação normalmente termina dia 10 de dezembro, entretanto isso pode ou não ser prorrogado pelo Indea-MT.
A etapa de novembro é a última de vacinação a ser realizada em Mato Grosso, Distrito Federal e mais cinco estados pertencentes ao Bloco IV. A suspensão faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). Para fazer a transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios definidos pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
Para o analista de pecuária da Famato, Marcos de Carvalho, este é um momento muito importante para o setor produtivo, haja vista que o estado está prestes a chegar ao status de livres de febre aftosa sem vacinação. Mas ele faz um alerta: “É importante que o produtor rural continue fazendo o dever de casa, cumprindo a última etapa da vacinação, em novembro de 2022, conforme determinou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Desta forma, finalizamos o ciclo vacinal com segurança e manteremos o status de livres da doença com vacinação, para que logo possamos alcançar o status de estado livre sem vacinação”.
A última ocorrência da febre aftosa em Mato Grosso foi registrada em 1996. Portanto, o estado já está livre da doença com vacinação há 26 anos. Em 2021, como resultado do controle rigoroso da sanidade animal, parte de Mato Grosso foi reconhecida pela OIE como zona livre de febre aftosa sem vacinação. A área compreende o município de Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína, todos na região noroeste do estado.
Os produtores dos municípios reconhecidos como zona livre sem vacinação têm até o dia 30 de novembro, para fazer a atualização do estoque de rebanho no Indea.
Comunicação – O produtor poderá fazer a comunicação da vacinação do rebanho de forma remota (não presencial) pelo Módulo do Produtor ou presencialmente em qualquer unidade do Indea-MT.
Módulo do Produtor – O Módulo Produtor é um sistema online. Para ter acesso à ferramenta, o produtor rural precisa preencher um termo de compromisso nas unidades de atendimento do Indea. O login e a senha serão enviados diretamente para o e-mail do produtor.
A ferramenta garante mais comodidade e agilidade ao produtor que poderá acessar o sistema de qualquer ponto que tenha acesso à internet. Saiba mais sobre o Módulo Produtor acessando os vídeos (passo a passo) disponíveis no canal do Sistema Famato no YouTube ( https://www.youtube.com/SistemaFamato ).
Brucelose – O pecuarista pode aproveitar o manejo do rebanho para vacinar as fêmeas com idade de 3 a 8 meses contra a brucelose. O atestado de vacinação deve ser apresentado ao Indea-MT. É proibida a vacinação em machos de qualquer idade. As fêmeas jovens (acima de 12 meses) e adultas podem receber a vacina RB51, que além de melhorar a imunidade contra a brucelose, previne o aborto, evitando prejuízo para o produtor.
fonte: CNA Brasil