27.08.2008
Produtores que investem na pecuária leiteira devem se atentar à importância da qualidade da água ofertada aos animais, e lembrar que a pastagem de qualidade também contribui para o consumo indireto de água. O assunto foi abordado durante o programa Conexão Rural de sábado, dia 23.
O médico-veterinário, especialista em bovinos de leite, Matheus Silva Vieira, destacou que algumas doenças podem ser adquiridas pelos animais por meio da água de qualidade ruim. “Problemas com verminoses, botulismo onde houver animal morto e até casos de mastite podem aparecer. Não devemos oferecer ao animal água de péssima qualidade, ou água barrenta”, disse.
Para evitar esses problemas, o produtor precisa fazer análise da água pelo menos uma vez ao ano. Onde há histórico de algum tipo de patologia a recomendação é de que esta análise seja feita pelo menos três vezes a cada 12 meses. Além disso é fundamental estar atento à qualidade da pastagem oferecida aos animais.
Isso porque dados do CNPGL (Centro Nacional de Pesquisa Gado de Leite) apontam que o pastejo de 12 quilos de matéria seca de uma gramínea tropical representa o consumo indireto de quase 60 litros de água. Uma vaca de alta produção chega a ingerir até 170 litros de água por dia. Quase 87,5% do leite produzido equivalem à água consumida direta ou indiretamente pelos animais, por isso toda a atenção é pouca quando o assunto é nutrição e hidratação dos animais.
“Todo o investimento que o produtor faz, tanto na pastagem de qualidade, quanto na qualidade da água é revertido em leite. E este cuidado com a água também deve ser estendido à água usada para limpar a estrutura e equipamentos”, orientou o especialista.
Christiane Reis