09.03.2009
Produtores podem adotar Estilosantes Campo Grande, mas é preciso se atentar ao tipo de solo e clima
A ovinocultura está presente em todos os estados brasileiros. O Censo Agropecuário, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou que em algumas localidades a ovinocultura é predominante, como é o caso da Bahia, com um rebanho de 2,6 milhões de cabeças, distribuídas em 96,3 mil propriedades. Já o Estado do Amapá é o que tem menor número de animais, 2.336 distribuídos em 97 propriedades. O levantamento não aponta quais cultivares são adotadas em cada propriedade, mas para quem pensa em aumentar o ganho de peso dos animais tem no Estilosantes Campo Grande um bom aliado, mas é preciso se atentar às características de solo e clima, para que a forrageira se desenvolva bem.
A orientação do engenheiro agrônomo e supervisor de vendas da Germipasto, Osmair Nogueira, é que o Estilosantes Campo Grande seja adotado apenas em localidades que tenham solos arenosos — menos de 40% de argila — e de baixa fertilidade. “Outro detalhe importante é que nestas localidades não haja riscos de geadas, e, que a leguminosa esteja sempre consorciada”.
Outro detalhe que os produtores devem ficar atentos é com relação à origem das sementes que adquirem. O Estilosantes Campo Grande é uma mistura física de duas espécies, o Stylosantes capitata (80%) e o Stylosantes macrocephala (20%), sendo que a mistura que dá origem ao Estilosantes Campo Grande precisa necessariamente ser de 80% do Stylosantes capitata e 20% do S. macrocephala.
As sementes apresentam alta porcentagem de sementes dormentes, e devem ser escarificadas para que ocorra boa germinação quando da semeadura. Além disso, o Estilosantes Campo Grande apresenta alta taxa de ressemeadura natural, o que proporciona a persistência das plantas no campo por longos períodos. (Christiane Reis)